17 novembro 2021

A RELIGIOSIDADE NA MAÇONARIA

 

A RELIGIOSIDADE NA MAÇONARIA

        Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? I Coríntios 6:19. O texto presente no Livro Sagrado leva-nos a refletir sobre o comportamento humano diante do Grande Arquiteto do Universo e, coloca o homem como sacerdote tendo como principal atribuição cuidar do seu templo interior. Esta é, na verdade, uma grande lição maçônica. Quando recebemos a luz, descobrimos um outro mundo, um mundo fundamentado na liberdade, na igualdade e na fraternidade e, que para alcançarmos a perfeição, precisamos desbastar a pedra bruta e, isto nada mais é do que cavar masmorras aos vícios, vencer as paixões e submeter a nossa vontade para podermos fazer novos progressos na maçonaria.

        Quando permitimos que os princípios maçônicos influenciem o nosso EU, começamos a viver o princípio da liberdade, da igualdade e da fraternidade, o que na verdade, nos une como verdadeiros irmãos.

        No desbastar da pedra bruta exigem-se muitos cuidados para que se possa alcançar o objetivo da perfeição. uma reunião maçônica não é, simplesmente, uma reunião como costumamos presenciar na sociedade não maçônica. Na verdade, trata-se de uma reunião especial onde reconhecemos a grandeza de Deus, Aquele que é O Grande Arquiteto do Universo.  A literatura sagrada tem definido quem é esse Deus. Encontramos na Questão nº 1, de O Livro dos Espíritos, a seguinte definição: "Deus é a inteligência Suprema do Universo e causa primária de todas as coisas". ... Isso confirma o que o salmista asseverou na Bíblia Sagrada: "Os céus declaram a Glória de Deus e o firmamento as obras de Suas mãos". Salmo 19. E, para que seus propósitos sejam alcançados, cabe a cada obreiro faze-lo com zelo e devoção para que os fluidos positivos possam alcançar a cada irmão presente na reunião.

        Quando se afirma antes de se adentrar ao templo que os nossos problemas e dissabores devem ser deixados fora, é para que se possa contribuir na formação da egrégora que possibilite a cada irmão presente receber mais iluminação. Iluminação esta que é uma energia positiva que nos dar forças para vencermos os problemas mais diversos da vida, que se apresentam quase como barreiras intransponíveis.

        O nosso comportamento dentro de um templo maçônico é algo importante que precisa ser observado. Cada símbolo, cada alegoria, cada gesto e cada ação deve ser atentamente observado pois, se formos negligentes a egrégora não se forma e, os fluidos que forma uma energia muito positiva e que todos nós necessitamos receber, não chegará até nós e, assim sendo, a reunião não passará de um momento enfadonho, não produtivo, e se assemelhará a uma reunião de um clube social qualquer.

        Na reunião maçônica, exige-se de cada obreiro presente postura correta no sentar e no levantar, evitando-se conversas paralelas e jamais atrapalhar quem quer que seja que esteja usando da palavra, oficialmente. Cabe ao Venerável Mestre cuidar bem do seu ofício para evitar dificuldades que atrapalhem a boa ritualística na sessão. A maçonaria não é uma religião, porém é religiosa e exige de cada membro o cumprimento de sua doutrina, pois cada um que adentrou o portal da maçonaria fez uma promessa, um juramento de obedecer e engrandecer a Sublime Ordem, que através de seus ensinamentos, tem nos tornado homens melhores, que fogem dos vícios e dos preconceitos, que edificam o seu templo interior, que é morada do Grande Arquiteto do Universo e, assim somos preparados para fazer parte do exército daqueles que lutam pelo construção do edifício social, onde possa haver justiça social, paz e prosperidade para a humanidade.

        Que possamos refletir sobre nossos comportamentos, nossa construção do templo interior e que a luz que recebemos na nossa iniciação, venha cada dia mais, brilhar forte na nossa vida e na vida daqueles que nos rodeiam. Desta forma estaremos cumprindo a missão como verdadeiros construtores sociais.


Ozéias Caetano da Silva, 33º

Acadêmico Titular da Cadeira nº 08 da ACML que tem como Patrono Monteiro Lobato




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