31 janeiro 2022
25 janeiro 2022
BIOGRAFIA DE HUMBERTO DE CAMPOS - PATRONO DA CADEIRA DE Nº 06 - ACADÊMICO SANDRO ÂNGELO DE ARAÚJO OLIVEIRA E VASCONCELOS VILA NOVA
BIOGRAFIA DE HUMBERTO DE CAMPOS - PATRONO DA CADEIRA DE Nº 06 - ACADÊMICO SANDRO ÂNGELO DE ARAÚJO OLIVEIRA E VASCONCELOS VILA NOVA
Amados irmãos e confrades acadêmicos da ACML, quero poder iniciar esta singela exposição pedindo acuidade na atenção sobre a biografia do patrono da cadeira de numeral seis, dentre as trinta e três de nossa distinta casa de conhecimento maçônico, Humberto de Campos, que por mim era um “ilustre desconhecido” (e digo sem orgulho e sem vexame, pois vim a conhecê-lo apenas ao ser admitido entre esta plêiade de irmãos destacado, no recente dia vinte e oito de outubro do corrente ano, por ocasião da posse da atual Diretoria para o biênio 2021-2023). Apesar desse demasiado atraso, hoje, com felicidade, posso dizer que é uma presença em minha biblioteca, para além da cabeceira de minha cama, como o foi nesses últimos meses. Conhecer esse poeta, contista, crítico literário, cronista, memorialista, escritor, jornalista, político, e, enfim, esse imortal na Academia Brasileira de Letras, foi, e é, uma descoberta enriquecedora!
Humberto de Campos Veras nasceu na cidade maranhense de Miritiba, que margeia o Rio Piriá, no dia 25 de outubro de 1886. Desde o início da vida teve de enfrentar desafios que o forjaram como um ser destinado a superações. Seu pai faleceu quando ele contava seis anos de idade, e essa perda fez a família migrar para a capital do Estado, tendo ele, ainda novo, trabalhado no comércio de São Luiz, para a subsistência familiar. Já quase na maioridade, tinha dezessete anos quando mudou-se para o Pará, onde iniciou carreira de jornalista no Folha do Norte e, em seguida, no Província do Pará. Transferiu-se, no ano de 1912, para o Rio de Janeiro, à época o Distrito Federal, trabalhando no O Imparcial, junto a Goulart de Andrade, Ruy Barbosa e outras proeminências intelectuais e das letras na capital federal. Como cronista e contista adotou o pseudônimo de Conselheiro XX, com mais frequência entre os outros que usava: Almirante Justino Ribas, Luís Phoca, João Caetano, Giovani Morelli, Bathu-Allah, Micromegas e Hélios, que serviam de pálio para suas publicações mais ácidas e críticas aos poderosos e até colegas de profissão. Contudo, sua trajetória controversa o distingue dos pares. Em 1920 foi eleito deputado federal pelo Maranhão, sendo reeleito para outros mandatos, mas tendo o mandato cassado, em 1930, com a revolução/golpe que acabara com a chamada Política do café-com-leite, com a ascensão de Getúlio Vargas (com o assassinato de seu candidato a vice-presidente, João Pessoa, pela Aliança Liberal, deflagrou-se o levante). Apesar das divergências, sendo admirador de seu trabalho, o presidente o nomeia Inspetor de Ensino na e, de depois do Museu Casa de Rui Barbosa, encerrando sua carreira eleitoral. Em 1950, a revista O Cruzeiro publica boa parte de seu diário secreto, com registros a respeito de pessoas de grande notoriedade nas letras, política e sociedade de sua época, incluindo Machado de Assis, Getúlio Vargas, Olavo Bilac, e outros, onde os motivos para a adoção de pseudônimos ficaram claros.
Autodidata e leitor voraz, teve uma produção de mais de quarenta volumes, com grande ênfase na crônica, sem olvidar de sua poesia, dentre a qual se destaca aqui versos de Nirvana (livro Poeira, de 1910): “Viver assim: sem ciúmes, sem saudades, sem amor, sem anseios, sem carinhos, Livre de angústias e felicidades, Deixando pelo chão rosas e espinhos; Poder viver em todas as idades; Poder andar por todos os caminhos; Indiferente ao bem e às falsidades, Confundindo chacais e passarinhos; Passear pela terra, e achar tristonho Tudo que em torno se vê, nela espalhado; A vida olhar como através de um sonho; Chegar onde eu cheguei, subir à altura Onde agora me encontro - é ter chegado Aos extremos da Paz e da Ventura!” Há também o belíssimo poema, de 1896, sobre um cajueiro, quando na cidade de Parnaíba/PI, onde foi residir quando criança, com sua mãe depois desta enviuvar e onde fez seus primeiros estudos, obra que ilustra a vivência do valor amizade, que merece uma menção de destaque, mas deixarei de reproduzir neste texto, a fim de aguçar nos confrades a vontade na busca por esse gênero e por essa obra.
Humberto de Campos, em vida, teve reconhecidos seus méritos, sendo lido por muitas e muitas pessoas, incluídas personalidades ilustres. Com 48 anos de idade, em 5 de dezembro 1934, em função de uma intercorrência cirúrgica, cumpriu o seu ciclo. Após seu falecimento, os cidadãos da cidade de Miritiba passaram, a partir de instrumento normativo datado do dia 13 de dezembro de 1934, a ser designados pelo gentílico de humbertoenses, uma vez que a terra que o viu vir à luz passou a ser denominada com seu nome, em virtude do legado que deixou para toda a população do país.
Há algumas curiosidades sobre esse patrono: Com 15 livros publicados pela Federação Espírita Brasileira, após um episódio judicial pela obra Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, com resultado favorável à FEB e a Chico Xavier, Humberto de Campos, por precaução, em 1944, passou a adotar como assinatura Irmão X, nas psicografias do eminente médium; No filme “Divaldo, O mensageiro da paz” (2019), o espírito de Humberto de Campos auxilia o médium Divaldo Franco em uma cena; e o cajueiro continua vivo...
Agradecido pela atenção, quedo-me à disposição de cada um dos irmãos.
Sintam
meu abraço fraternal e triplo.
S.V.N.
Casou-se
com Catharina de Paiva Vergolino e teve três filhos: Henrique, Humberto Filho e
Maria de Lourdes.
Humberto
de Campos filho escreveu uma biografia intitulada “Irmão X, meu pai”. Infelizmente, ainda, não tive aceso a essa
obra.
No
dia 8 de maio de 1920, terceiro a ocupar a Cadeira nº 20, cujo patrono é
Joaquim Manoel de Macedo, HUMBERTO DE CAMPOS foi admitido na Academia
Brasileira de Letras (ABL).
REFERÊNCIAS
(Livros, fontes
de dados, notícia jurídica, entrevista e vídeos)
Boa Nova
<https://docplayer.com.br/69755851-Francisco-candido-xavier-boa-nova-pelo-espirito-humberto-de-campos.html>
Brasil Coração
do Mundo, Pátria do Evangelho
<https://drive.google.com/file/d/0B9CFzVtKHMeYcFc4SEZHTzA5ZTg/view?resourcekey=0-p4raxMj1EgpdNrWK66_ArA>
Academia Brasileira
de Letras (ABL)
Fundaçaõ
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
http://www.oconsolador.com.br/ano13/642/especial.html
https://bvsms.saude.gov.br/sindrome-vasovagal/
https://www.youtube.com/embed/EWgSQUv8OgQ
https://www.youtube.com/watch?v=SrztgxDSagk
https://www.youtube.com/watch?v=qAPlqqYpOAg
https://www.youtube.com/watch?v=V5vgyTiuKSo
https://www.youtube.com/watch?v=-smqMVJCIpM
https://www.espiritismo.tv/documentarios/humberto-de-campos-o-imortal-da-boa-nova/
http://www.estacaoluzfilmes.com.br/producoes/divaldo-o-mensageiro-da-paz/
https://www.youtube.com/watch?v=CGGu28xBg3w
https://www.youtube.com/watch?v=clSiwsJZXDU
Trabalho apresentado em sessão acadêmica do dia 05 de dezembro de 2021, pelo acadêmico Sandro Ângelo de Araújo Oliveira e Vasconcelos Vila Nova.
19 janeiro 2022
A IMPORTÂNCIA DO VALOR
A
IMPORTÂNCIA DO VALOR
As pessoas só
costumam dar valor às coisas quando (quase) perdem. Às vezes, as
coisas estão diante dos nossos olhos o tempo todo (nas nossas mãos). E só
quando estão fora do nosso alcance é que percebemos o quanto são importantes
para nós. A família e os amigos são exemplos que se pode citar. Quantos filhos
se tem que não valorizam os seus pais, principalmente, quando estão idosos e
que são colocados, muitas vezes, em situações vexatórias ou se apoderam dos
seus cartões de benefícios previdenciários e fazem empréstimos de suas contas
bancárias, sem a permissão dos mesmos, além de coloca-los para morar em locais
nada agradáveis ou, simplesmente, entregam para residirem nos abrigos de
idosos, onde ficam distantes dos seus familiares e das pessoas amigas.
Quantos
amigos que fazem o seu melhor para o crescimento e engrandecimento de cada um
de nós e, não damos a menor atenção para melhor observar e nutrir o sentimento
de gratidão para com esses amigos do bem. Esses familiares e amigos estão
sempre juntos e não são vistos. Damos valor, muitas vezes, a coisa sem valor;
que nada acrescenta de bom; que nada contribui para nosso crescimento.
Precisamos
valorizar os nossos familiares, os nossos amigos, as pessoas que querem o nosso
bem. Está na hora de percebermos que nada seriamos se não fosse o trabalho
desenvolvido por aqueles que nos criaram; que nos ensinaram; que nos formaram
nos cidadãos que somos hoje. É urgente começarmos a refletir qual deve ser
nosso compromisso em procurar reconhecer o bem que recebemos, promovendo uma
cultura de paz, de harmonia, de respeito, de reconhecimento, de valorização e
de solidariedade para com todos aqueles que nos rodeiam.
O tempo passa. Quantas
pessoas ouvimos reclamar do tempo que perderam por não valorizar o seu ente
querido que partiu. Lágrimas são derramadas, não por saudade daquele que já não
está mais entre nós, pois faleceu, mas por remorso. Portanto, é urgente que
comecemos a refletir um pouco mais sobre nosso comportamento diante daqueles
que fazem parte do nosso dia a dia.
Está atento para
valorizar as pessoas que nos cercam, é envelhecer com um sentimento de
amor fraternal vivido e compartilhado em cada momento da vida. É não ter
arrependimentos e/ou remorsos. Dar valor as pessoas, simplesmente, valorizar as
pessoas nos torna mais fortes e nos aproxima do ideal de ser humano que
precisamos construir, sempre compromissado com um mundo melhor onde haja
liberdade, igualdade e fraternidade.
Que possamos valorizar
não somente quando estamos quase perdendo, mas em todos os momentos de nossa
vida. Assim, nossos dias na terra poderão ser multiplicados, estaremos
trabalhando no melhoramento do tecido social e estaremos edificando o grande
edifício social que está carente de uma atenção especial de todos nós.
Ozéias Caetano da Silva, 33º
Acadêmico
14 janeiro 2022
COMISSÃO DE FORMATAÇÃO LITERÁRIA DA ACADEMIA CARUARUENSE MAÇÔNICA DE LETRAS SE REUNE PARA PLANEJAMENTO DO CONCURSO LITERÁRIO 2022.
Na noite do dia 13 de janeiro do corrente ano, a Comissão de Formatação Literária da ACML que é constituída dos acadêmicos Sandro Ângelo Vila Nova, Ozéias Caetano da Silva, Ronaldo Oliveira e Wallas Oliveira, se reuniu para fazer o planejamento estratégico do Concurso Literário que será realizado pela Academia durante o ano de 2022. Muitas foram as propostas apresentadas e discutidas para que seja realizado o projeto que tem a pretensão de fazer a publicação de uma coletânea de textos maçônicos que serão produzidos por maçons pertencentes as Lojas do Oriente de Caruaru. Será um projeto muito importante que envolverá maçons de todas as Lojas da cidade, que terão a oportunidade de ver publicados textos que foram produzidos pelos mesmos, bem como estimular a produção literária dos membros da Arte Real do país de Caruaru. O papel da ACML é estimular a produção literária, não somente dos seus membros, mas da maçonaria caruaruense. Este projeto que está sendo chamado de concurso não será um concurso de acordo com o que temos observado por aí, pois não teremos as regras rígidas que são exigidas em qualquer concurso que se faça, mas uma reunião de textos que serão com temáticas maçônicas de livre escolha de seus autores que, serão selecionados e publicados numa coletânea de textos que serão organizados pela ACML. A partir de fevereiro próximo, o Diretor Presidente da ACML vai convocar um grupo de Acadêmicos que irão visitar todas as Lojas de Caruaru para fazerem a divulgação do presente concurso e será uma ocasião muito oportuna para serem dirimidas dúvidas dos irmãos maçons.
O ano de 2022 será muito produtivo para os trabalhos desenvolvidos por nossa Academia e, temos certeza, que todas as Lojas estarão apoiando esta iniciativa que vai engrandecer, em muito, a Sublime Ordem em toda essa região do Agreste de Pernambuco. Muitas atividades estão sendo planejadas para serem executadas durante todo o ano e, com certeza, muitas novidades virão para abrilhantar as instituições maçônicas, a partir do trabalho acadêmico da nossa ACML.
Nosso Presidente e toda a Diretoria da ACML estão muito comprometidos com a produção literária para poder, assim, contribuir, ainda mais fortemente, para o crescimento da maçonaria.
Secretaria da ACML.
06 janeiro 2022
EFEITOS DA PÓS MODERNIDADE
EFEITOS DA PÓS MODERNIDADE
O tempo presente tem muitas diferenças dos tempos de outrora. Costumamos ouvir sempre das pessoas com mais experiências (pelos anos vividos) essa afirmação. Certamente é verdadeira tal afirmação. Vivemos um tempo que os intelectuais o classifica como pós modernidade e, que percebemos grandes transformações em todos os campos do saber. A sociedade está em constante evolução. Na ciência vivenciamos muitas novidades boas que estão possibilitando o ser humano ter uma vida longa e duradoura. Os avanços na medicina, na produção de medicamentos, nas descobertas de tratamentos para as diversas doenças, na descoberta de vacinas etc, tem oportunizado vivermos bem melhor que os nossos antepassados viveram. Por isso, muitos sentem-se fortalecidos em dizer que o tempo de viver é agora, porque podemos usufruir do melhor que tem sido criado e produzido ao nosso favor. A ciência tem dado saltos de qualidade nas suas investigações e publicações. Isso é fato.
Na cultura, todo o conhecimento construído acelerou a
criação de novos saberes e, se fazendo uso das tecnologias contemporâneas,
percebe-se que está mais socialmente inclusiva, o que tem colaborado para as
mudanças de paradigmas que antes eram vistos como muros quase que
intransponíveis. O Cinema, o teatro, a dança, enfim, tudo sofreu mudanças,
transformações, evoluções. Muitos dizem que foi muito bom, outros fazem suas
críticas, pois se prendem a aspectos saudosistas de um tempo que passou e não
volta mais. O mundo da atualidade é outro. Somos obrigados a acompanhar essa
transformação e compreender esse novo momento que estamos vivendo.
Percebemos transformações em todas as áreas do
conhecimento, da produção, da orientação, do comportamento, da organização
social, econômica, religiosa etc. O homem voltou ao centro das atenções e tem
alcançado sucesso nessa empreitada. E nós, como estamos vendo e vivendo esse
tempo? quais tem sido nossas reflexões sobre tudo o que estamos vendo? como
estamos conseguindo interagir nessa sociedade em constante transformação? fazemos
parte dela mesmo ou estamos imaginando que o nosso tempo não é este que estamos
percebendo? Essas perguntas podem parecer muito bobas. Mas, são perguntas sem
sentidos mesmo ou não estamos entendendo a realidade do tempo que vivemos?
As relações humanas, também, sofreram grandes
modificações. Tudo hoje se tornou muito passageiro. aquelas relações que se
esperavam serem duradouras, já não são mais. Os casamentos são provas cabais
que as relações estão líquidas, pois se desfazem sem muito sacrifício. Enfim,
observando todos os aspectos sociais, percebemos que vivemos tempos hodiernos,
pois as relações sociais e individuais estão muito frágeis. Essa é a
constatação que se faz desse momento histórico.
Na religião, o grande crescimento de novos grupos
religiosos que se espalharam pelo Brasil, fez surgir novas interpretações
teológicas que abalaram as estruturas, antes consideradas inabaláveis, e toda
essa transformação tem sido muito importante para a inclusão de dezenas de
milhares de fiéis que estavam sendo estigmatizados por suas orientações
sexuais, bem como pelos novos conhecimentos adquiridos a partir do
aprofundamento dos estudos dos textos sagrados.
Esse é o tempo bom para se viver, onde temos liberdade
de escolha, onde o avanço do saber nos proporcionou uma melhor qualidade de
vida. O progresso humano tem possibilitado termos uma vida longa, gozando de
saúde. Temos acesso o que de melhor foi produzido ao longo da história humana.
aproveitemos, portanto, para viver e curtir essa vida que temos. É preciso
deixar de reclamar da vida, das dores, das tristezas, da idade e começar a
agradecer o dom da vida. Libertar-se dos traumas do passado e procurar dar
sentido novo a vida para seguir em frente. Vivendo cada dia, cada momento e gozar
de muita felicidade, promovendo a paz e a concórdia para com todos. Sua
felicidade depende única e exclusivamente (apenas) de você.
A Sublime Ordem nos oferece princípios
basilares para que, através do conhecimento milenar construído e compartilhado
com seus membros, possam nos empoderar de tais conhecimentos e, assim podermos
interferir positivamente na sociedade em que vivemos e convivemos, diante deste
tempo pós-moderno, para darmos nossa colaboração na construção do edifício
social a partir do fortalecimento do tecido social. Somos pedreiros nessa
construção, mas não esqueçamos que, também, somos as pedras que precisam ser
lapidadas para que a obra do edifício seja concluída com perfeição.
Ozéias Caetano da Silva, 33º
Acadêmico Titular da Cadeira nº 08 –
Patrono: Monteiro Lobato